Reunidos em assembleia estadual, nesta
terça-feira (20/09), no Pátio da ALMG, cerca de 9 mil trabalhadores e
trabalhadoras em educação da rede estadual votaram pela continuidade da
greve por tempo indeterminado.
O movimento teve início dia 08 de junho e completa
hoje 105 dias. O que motiva a categoria a manter essa greve histórica é o
cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN),
regulamentado pela Lei Federal 11.738. Para acompanhar a tramitação do
Projeto de Lei 2.355/2011, de autoria do Governador, que reajusta o
modelo do subsídio, os educadores irão fazer uma vigília, diariamente,
no pátio e dentro da Assembleia Legislativa.
No fim da manhã de hoje, na ALMG, membros da comissão
de negociação do Sindicato se reuniram com o líder do Governo na Casa,
deputado Luiz Humberto Carneiro, além de deputados da base e oposição. O
objetivo foi discutir o cumprimento da lei 11.738, que regulamenta o
Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) e a necessidade de reabertura
de diálogo por parte do Governo.
Paralelamente, representantes do Comando Geral de
Greve se reuniu, na Escola do Legislativo, à Av. Olegário Maciel, 2.161,
em Lourdes. Em pauta, a atual conjuntura do movimento grevista e também
serão discutidos os rumos e estratégias para a greve, que já completa
hoje 105 dias.
A categoria, coordenada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), se reunirá em Assembleia Estadual na próxima terça-feira (27/09), a partir das 13 horas, no pátio da ALMG.
Intermediação – A última semana foi
marcada por acontecimentos importantes. A categoria conseguiu viabilizar
reuniões com o ministro da Educação, Fernando Haddad, e a presidenta
Dilma Roussef. As reuniões aconteceram respectivamente nos dias 14 e
16/9, a primeira em Brasília e a segunda na Base Aérea da Pampulha, em
Belo Horizonte.
Nos dois encontros os dois se comprometeram a
intermediar diálogo entre Governo do Estado e Sindicato para por fim a
greve. Dilma Roussef e Fernando Haddad receberam do Sind-UTE/MG um
dossiê que mostra a realidade da educação mineira. A coordenadora-geral
do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, disse que é fundamental que a União
estabeleça uma política nacional do cumprimento do Piso Salarial.
“Entendemos tratar-se de uma tarefa do governo nacional, pois diz
respeito ao cumprimento de uma lei federal.”
Reivindicação – Os trabalhadores/as
reivindicam o Piso Salarial de R$1.597,87, para jornada de 24 horas e
nível médio de escolaridade. Minas Gerais paga hoje o Piso de R$ 369,00
que, de acordo com relatório da Confederação Nacional dos Trabalhadores
em Educação (CNTE), é o pior Piso dentre os 27 estados brasileiros.
Fonte: www.sindutemg.org.br
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