O anúncio feito pelo Governador Antônio Anastasia, dia 21/11 é uma
clara tentativa de golpe na educação mineira. Além de não pagar o Piso
Salarial Profissional Nacional, ele retira direitos dos servidores ao
impor uma forma de remuneração que é o subsídio.
A proposta é tão fantasiosa que haveria a criação de tabela de
vencimento básico fictícia, em que os servidores seriam posicionados
para imediata e obrigatoriamente migrarem para o subsídio, renunciando
ao direito de adquirir as vantagens e benefícios individuais.
Com este comportamento, além de não cumprir o que assinou, o Governo
Antônio Anastasia se revela o pior Governador com quem os trabalhadores
em educação já conviveu, com uma gestão baseada no descumprimento de
acordos, retirada de direitos e desrespeito aos profissionais da
educação.
O Comando Estadual de Greve, reunido na manhã desta terça-feira, avaliou este anúncio e votou pela paralisação nos dias 23 e 24 de novembro ,de modo a possibilitar a mobilização da categoria em todas as regiões do estado
No período da tarde, a Assembleia Estadual foi iniciada e continuou
em aberto. A categoria também realizou atividades no interior da
Assembleia Legislativa. O Governo já encaminhou o projeto de lei com o
conteúdo anunciado nesta segunda-feira.
O sindicato já encaminhou orientações às suas subsedes para que
articulem caravanas para acompanhar a discussão deste projeto de modo a
convencer os deputados a rejeitar esta proposta. As atividades terão
continuidade nesta quarta-feira, a partir de 8 horas. A reunião
extraordinária da Assembleia Legislativa está convocada para esta
quarta-feira, 9 horas. A categoria continua mobilizada e em vigília
durante toda a noite desta terça-feira.
Acompanhe abaixo uma breve avaliação do anúncio do governo
Anúncio do Governo
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Realidade dos Profissionais da educação da Rede Estadual
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Remuneração unificada para os professores
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A remuneração unificada significa a tabela de subsídio, já aprovada na Lei Estadual 18.875/10.
A
diferença é que o Governo pretende impor esta forma de remuneração a
todos os profissionais da educação, independente de opção.
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“A nova proposta tem diversas melhorias para a remuneração e para a carreira dos profissionais da educação.”
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Não
há nenhuma proposta de melhoria relacionada a carreira. Ao contrário,
na tabela de transição houve a diminuição dos percentuais de níveis e
graus.
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“Todos
os professores e especialistas da educação com licenciatura plena
ganharão pelo menos R$1.320,00 ou proporcionalmente 85% a mais do que o
Piso nacional.”
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O
Piso Salarial Profissional Nacional é para vencimento básico de
professor com nível médio de escolaridade e não para licenciatura plena.
O valor de R$ 1.320,00 corresponde à tabela de subsídio já em vigor.
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“A nova proposta significa um impacto de R$2,1 bilhões na folha da educação.”
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Os
números apresentados pelo governo são sempre absolutos, sem demonstrar
dados da folha de pagamento. Mas tendo como base estes mesmos dados, o
Governo afirmou ao Sindicato que o Piso na carreira teria um impacto de
R$3 bilhões. Considerando o valor que ele pretende gastar com esta nova
proposta e o valor previsto de complementação que receberá da União (R$1
bilhão), ele teria os recursos necessários para o pagamento do Piso
Salarial Profissional Nacional.
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“Extinção
do modelo antigo de remuneração e implantação do modelo unificado de
remuneração, válido para todos os profissionais da educação.”
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Isso
significa a compulsoriedade do subsídio. A partir de janeiro de 2012,
os servidores que teriam condições de adquirir direitos como quinquênio,
biênio, trintenário, etc, NÃO poderiam adquiri-los mais. É a retirada de direitos.
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“O servidor não perde remuneração quando se aposenta.”
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A
manutenção da remuneração do servidor dependerá do critério em se
enquadrar a sua aposentadoria e não apenas da forma de remuneração.
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“Criação de uma tabela de transição com aplicação proporcional do piso nacional no vencimento básico.”
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Esta
tabela é fictícia. Não haverá pagamento do Piso Salarial. Seria criada
apenas para servir de base para a migração compulsória para a tabela do
subsídio.
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Professores
e especialistas da educação terão suas vantagens pessoais calculadas
com base na tabela de transição e, imediatamente, incorporadas à
remuneração única
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Novamente,
se reforça a situação de que não haverá pagamento na tabela de
transição. É fictícia, servindo apenas para a migração à tabela de
subsídio.
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Todos os servidores serão posicionados na tabela unificada
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O subsídio seria compulsório. Não coexistirão duas formas de remuneração.
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Estes aumentos serão escalonados em percentuais anuais, até 2015, observada a situação individual de cada servidor.
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Não está claro como se daria este escalonamento e com quais critérios.
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O governo não fala de reajuste
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Com esta proposta, o Governo pretende não aplicar o reajuste do Piso Salarial previsto na lei federal.
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Créditos: Thaís Ferreira
Fonte: http://sindutemg.org.br/novosite/conteudo.php?MENU=1&LISTA=detalhe&ID=2812
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